Renato Landim
Às vésperas do início
da Conferência rio+20, a adesão de pessoas com deficiência pelo programa
voluntário do evento ficou abaixo das expectativas. A constatação partiu do secretário nacional da
Rio+20, Laudemar Aguiar, ao salientar que dentre os 1.191 selecionados, somente
50 possuem algum tipo de deficiência.
O ministro destacou que
o número representa uma taxa menor do que a proporção de pessoas com
deficiência na população brasileira. De acordo com o IBGE, 24,5% dos
brasileiros têm algum tipo de deficiência. Laudemir Aguiar lembrou que na
Conferência, essa taxa cai para apenas 4%, o que, segundo ele, demonstra o
desafio da inclusão social que o Brasil terá pela frente.
Para o ministro, muitas
vezes os deficientes nem chegam a se inscrever em processos seletivos
imaginando a dificuldade que terão para superar obstáculos, mas ele frisa que os
voluntários da Rio+20 vão mostrar que isso é possível. Aguiar lembrou ainda que o
Riocentro, principal palco das discussões do encontro, é totalmente acessível
aos deficientes. O portal Terra mostrou que um dos poucos voluntários com
deficiência é o cadeirante Luiz Cláudio Pontes. A Rio +20 será seu primeiro
evento internacional, embora tenha experiência em convenções locais. “Vamos ter
alguma dificuldade sim, mas para quem tem deficiência isso faz parte da rotina
diária”, disse Pontes, que durante 15 dias vai atuar no Píer Mauá, na zona
portuária da cidade.
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Mais de mil voluntários vão trabalhar na Rio+20. (foto:Daniel Ramalho/Terra) |
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Jovem cego executa o Hino Nacional Brasileiro na cerimônia de formatura de voluntário. O evento foi também traduzido na linguagem dos sinais para os deficientes auditivos (foto:Daniel Ramalho/Terra) |
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