Alunos surdos da rede estadual de ensino do Rio de Janeiro estão sem poder contar com intérpretes de Libras nas salas de aula há três meses. Isso devido a um problema no repasse da verba à empresa Captar, de Fortaleza, contratada pela pasta desde o ano passado, e responsável por recrutar esses profissionais. Assim, cerca de 300 intérpretes não receberam os salários relativos aos meses de junho, julho e agosto deste ano.
A Secretaria de Educação emitiu uma nota na qual esclarece que sempre fez o pagamento corretamente à empresa, mas verificou que em um dos meses a Captar não efetuou o pagamento dos funcionários. Em razão disso, reteve a importância que seria destinada no mês seguinte para que a própria secretaria fizesse o pagamento aos intérpretes. A Secretaria frisou ainda que contratou uma nova empresa para atender aos alunos deficientes auditivos e vai aproveitar também os intérpretes que atuam nas escolas do Estado. Entretanto, esbarra na questão jurídica para normalizar a situação, contando ainda com o pagamento dos salários em atraso.
A situação inclusive foi tema de debate na Comissão de Defesa da Pessoa Portadora de Deficiência da Assembleia Legislativa do Rio. O presidente da Comissão, deputado Márcio Pacheco disse que pretende marcar uma reunião com os intérpretes para colher mais detalhes sobre a questão. De acordo com o parlamentar, a intenção é que eles voltem às salas de aula, pois, segundo ele, são cerca de mil alunos comprometidos em todo o estado. O parlamentar acrescentou que vai cobrar da Secretaria de Educação informações sobre a Associação de Intérpretes do Estado do Rio, a nova empresa contratada pelo órgão, e indagar se esta irá absorver os profissionais vinculados à Captar.
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