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segunda-feira, 13 de junho de 2011

CHICO CORREA: A CABEÇA DO CARNAVAL DA SOUZA SOARES

Quando uma escola de samba entra na avenida, seja do Grupo Especial, do Grupo de Acesso ou aquela que desfila apenas nas ruas de seu bairro, sintetiza um ano inteiro de trabalho intenso. Se nas grandes agremiações as estrelas momentâneas da mídia ocupam cada vez mais o espaço das pessoas humildes da comunidade, nas pequenas elas reinam absolutas. Para fazer tudo funcionar conforme o planejado, o carnaval assemelhasse a uma orquestra, na qual a afinação é fundamental. Aqueles que empurram o carro alegórico, batem um prego, costuram uma lantejoula ou cantam o samba-enredo fazem parte de uma engrenagem complexa sob o comando do carnavalesco, o “maestro” do carnaval.

Ao contrário das grandes escolas, nas menores, o dinheiro é escasso. A solução é apostar na criatividade e contar com a união perfeita da comunidade. Na escola de samba Souza Soares, de Niterói, o responsável é o carnavalesco Chico Correa. Há dois anos à frente da verde e branco de Santa Rosa, Correa não disfarça o orgulho e o semblante de felicidade ao falar sobre o que faz. Nem a última colocação no desfile desse ano tira dele a motivação e garante que tem recebido apoio integral da presidência da escola. Ele diz ter certeza de que os vários problemas pelos quais a agremiação enfrentou sacramentaram o resultado em 2011.  “O pessoal se doou e fez tudo com coração”, destaca Correa, salientando o trabalho das costureiras que trabalharam dia e noite, sem descanso praticamente. “Tudo foi praticamente completado momentos antes de entrarmos em cena”, completa.

O carnavalesco deixa os problemas de lado e exibe, satisfeito, os desenhos das fantasias que seriam confeccionadas, caso o dinheiro chegasse em tempo hábil para o desfile de 2011, que marcou a volta da escola a Niterói após apresentar-se por nove anos em São Gonçalo. Mesmo assim, diz Chico Correa, o enredo “Renasce das cinzas um sonho em verde e branco” foi, em sua opinião, um sucesso. Em 2012, diz ele, será necessário aprender com os erros para voltar com tudo ao Grupo 1.

Carnaval e História têm uma ligação estreita, no entendimento do carnavalesco da Souza Soares. Ele cita como exemplo o desfile de 2009 quando levou à avenida o tema “Maria Quitéria de Jesus, o soldado Medeiros” quando a escola, em sua opinião, fez um bom desfile, mesmo não conquistando o primeiro lugar. Chico Correa demonstra encantamento pelo fato de o carnaval ser um veículo que transmite valores ao povo. “Vimos que muitas pessoas nem sabiam quem ela era”, afirma, referindo-se a militar brasileira, heroína da Guerra da Independência e considerada a nossa versão da francesa Joana D’Arc. “O carnaval é, sem dúvida, uma forma de se levar cultura. Isto é fascinante”, diz ele, entusiasmado.

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