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terça-feira, 27 de setembro de 2011

CATÓLICOS DO RIO CELEBRAM PRIMEIRA MISSA INCLUSIVA

Texto e fotos: Renato Landim

Cerca de 50 pessoas acompanharam a primeira missa acessível na Catedral Metropolitana do Rio de Janeiro, celebrada pelo Arcebispo Dom Orani Tempesta. Em comemoração ao Dia Nacional de Luta da Pessoa com Deficiência, o ato contou com intérpretes da Língua Brasileira de Sinais (Libras) da Pastoral do Surdo da Arquidiocese e da Central Carioca da Secretaria da Pessoa com Deficiência do Rio, e o sistema de audiodescrição, pelo qual, utilizando fones de ouvidos, os deficientes visuais puderam conhecer detalhes, como as vestes dos celebrantes e todo o ritual religioso, entre outros.

Participaram também da missa adultos e jovens em cadeiras de rodas e com deficiência mental. No início da cerimônia, a delegada da Comissão da Pessoa com Deficiência da OAB-Rio, Deborah Prates, destacou a importância do ato e citou uma passagem bíblica. Quanto à acessibilidade, ela frisou que os deficientes precisam de oportunidades, para que a igualdade seja conquistada, e adiantou que a experiência no seio católico será levada a todas as denominações religiosas.

Além de Dom Orani, a missa foi celebrada pelo assessor da Arquidioce da Pastoral de Pessoas com Deficiência, Padre Jayme Henrique Oliveira, entre outros religiosos. O Cardeal Arcebispo do Rio de Janeiro destacou que a celebração da eucaristia tem que ser dirigida para todos e, como algumas são traduzidas para outros idiomas, os deficientes não poderiam ser esquecidos, para que a palavra de Deus chegue a todos.

O Presidente da Comissão da Pessoa com Deficiência da OAB-Rio, Geraldo Noguera, que é cadeirante, classificou a missa como um grande exemplo. Segundo ele, a Igreja representa um papel importante na sociedade e a missa inclusiva significa uma mensagem de inclusão e de acolhida das pessoas com deficiência, como forma de que todos tenham sentido o Espírito de Deus. Também estiveram na cerimônia o presidente da Frente Parlamentar em Defesa das Pessoas com Deficiência da Câmara dos Deputados, deputado federal Otávio Leite, e o presidente da Comissão da Pessoa com Deficiência da Alerj, deputado estadual, Márcio Pacheco.

Presente à missa, o deficiente visual Valdir Lopes, do grupo Anjos de Visão, aprovou a iniciativa, mas salientou que, em alguns momentos, teve a audição prejudicada, atribuída por ele à acústica da Catedral. Ele reclamou que o sistema de audiodescrição não fazia referência aos momentos em que o público deveria sentar ou ficar de pé na cerimônia. A equipe do Cinema Falado, empresa responsável pelo serviço, rebateu a informação, destacando que o celebrante citava o ritual da missa.

Na Catedral de São Sebastião, os deficientes físicos encontram rampas e portões que permitem o trânsito de cadeiras de rodas. Os sanitários são adaptados, mas estão situados no subsolo. Para os cadeirantes chegarem até lá é preciso passar pelo lado de fora, sem cobertura, entrando por uma garagem. O administrador da Paróquia Monsenhor Aroldo Ribeiro minimizou a questão e frisou que tem recebido elogios pelas condições de acessibilidade da igreja.




Deficientes visuais acompanham a missa com audiodescrição
 
Intérpretes de Libras traduzem a missa para os deficientes auditivos

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